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À DAMA GRANDE MESTRE DE CAFH

 

DO GRUPO DE CAVALEIROS E DAMAS DE PATROCINADOS DA TÁVOLA149

 

O DESAFIO DE VIVER A RELAÇÃO INTERPESSOAL COM NOSSOS COLEGAS DE GRUPO EM CAFH E EM OUTROS AMBIENTES

 

Trabalho anual- 2023

VITÓRIA-ES

DEZEMBRO DE 2023

 

TRABALHO ANUAL DA TÁVOLA 149 DE VITÓRIA (ES) DO GRUPO DE CAVALEIROS E DAMAS DE PATROCINADOS – ANO 2023

 

O DESAFIO DE VIVER A RELAÇÃO INTERPESSOAL COM NOSSOS COLEGAS DE GRUPO EM CAFH E EM OUTROS AMBIENTES

 

INTRODUÇÃO

 

Todos os anos somos convidados a nos manifestar acerca de um tema, eleito pelos filhos do grupo a que pertencemos, como oportunidade de expressão do nosso desenvolvimento espiritual em CAFH.

O tema do nosso trabalho deste ano é bastante sugestivo, pois propõe ao filho reflexões sobre a caminhada da alma, que interage segundo parâmetros das Ensinanças que nos são apresentadas pelos mestres que nos acompanham.

Somos almas que buscam sair dos comportamentos viciosos e inconscientes, para ousar buscar novos valores espirituais.   

 

MANIFESTAÇÕES DOS FILHOS NO GRUPO ACERCA DO TEMA PROPOSTO

 

Primeira manifestação

Quando pensamos em um grupo que se forma automaticamente por componentes tão diversos, cada um com um histórico de vida tão vasto, pelas experiências obtidas ao longo de suas caminhadas, não imaginamos como é possível crescermos nessa diversidade. No entanto estamos cumprindo etapas de ricas vivências, e formando nossas histórias nesse desafio que Cafh nos proporciona. À medida que nossas dificuldades vão aumentando, devido a demandas que nos vão surgindo, percebemos quão importantes somos no grupo, para que nos sustentemos como almas que se jogam na construção de uma vida espiritual, ajustada aos moldes de um tempo que se apresenta tão cheio de surpresas e desafios, aos quais não podemos deixar de dar respostas urgentes.

Surgem-nos as primeiras reflexões: o que fazer com o que temos hoje a abraçar os propósitos assumidos? Estamos preparados para caminhar nesse trilho proposto a nós? 

Partindo desses questionamentos, pensamos nas dificuldades em aceitar o que nos veio de supetão, com a doença do nosso Cavaleiro Delegado Antônio Jorge, que nos pegou desprevenidos e fragilizados diante do fato.

Unimo-nos em orações, sofremos juntos e estamos aí, ajudando-nos mutuamente a superar essa dor.

Se formos pensar na particularidade de cada filho nesse instante, vemos que a caminhada de cada um não está fácil, mas temos o consolo de estarmos sendo assistidos pelo Cavaleiro Assistente da Távola Marco Vago, e pelo Cavaleiro Ordenado Jonas Ribeiro, almas queridas que se dispõem a nos amparar nessa caminhada.

Abraçamo-nos também ao riquíssimo acervo das Ensinanças, que estão à nossa disposição, além de tantos instrumentos que Cafh nos apresenta, para que nos fortaleçamos cada vez mais no nosso Caminho.

Quanto ao desafio de viver a relação interpessoal com os colegas de  grupo em CAFH e em outros ambientes, é necessário que reflitamos sobre como vivemos a missão mística de CAFH, para que ela seja uma realidade, e não uma teoria. Que vivamos, então, assumindo nossa escolha, cumprindo o que nos foi destinado a fazer no Caminho, participando frequentemente das reuniões semanais e dos demais compromissos anuais, respeitando todos os filhos do grupo, pelos diferentes posicionamentos em diversas discussões, de acordo com o desenvolvimento dos temas pelos cronogramas que recebemos para estudar pelo ano. Essa prática de vida não pode ser diferente em outros ambientes, uma vez que o filho de CAFH deve manter-se coerente com suas posturas sociais. Cotidianamente, circulamos entre nossos semelhantes. Sejamos, então, coerentes nesses movimentos, praticando a RENÚNCIA e exercitando o SILÊNCIO, para que façamos VIDA a verdadeira Ensinança de CAFH.

 

Segunda manifestação

O que mais atrapalha a nossa convivência com os outros são os nossos defeitos, os nossos vícios e as nossas sombras interiores.

O homem que se cultiva e domina a si mesmo é capaz de, no convívio, aprender a identificar aquilo que é próprio.

Cada uma das nossas relações exige uma postura interna diferente, mas são essas diferenças que nos impulsionam a um crescimento.

Através de nossas reuniões semanais e leitura das Ensinanças, aperfeiçoamos nossos entendimentos de aceitação das diversidades e aprendemos a amar uns aos outros.

Quando temos consciência de que não vivemos só para nós e que somos responsáveis por tudo que acontece no universo e que não é simples assim como vivemos, que somos responsáveis pela evolução da humanidade, ficamos temerosos e sentimos medo.

Mas quando buscamos nos concentrar nesse sentido, conscientemente sentimo-nos responsáveis e participativos com a realidade que nos cerca.

Sentir e vivenciar a realidade que nos cerca, com atenção, com olhar de compaixão, de respeito e amor ao todo, é estarmos presentes e conscientes, assim conseguimos errar menos, nos determos mais, sentimos liberdade e mais leveza. Percebemos que vivemos em mudança constante e que não devemos nos apegar aos nossos desejos, mas simplesmente viver e deixar ir.

 

Terceira manifestação

O desafio de viver a relação interpessoal remete à Ascética da Renúncia. Na Alocução de Abertura 2023 a Dama Grande Mestre no lembra que “A Ideia da Renúncia é o modo de viver da humanidade do futuro. Nós procuramos viver esta ideia, mas a verdade é que às vezes não conseguimos captar o que implica em toda a sua profundidade”.

“Estamos lavrando sulcos num terreno que parece oferecer muita resistência. Esse terreno somos nós mesmos e os grupos de Cafh em um mundo acelerado e confuso”.

No nosso desenvolvimento espiritual aqui e agora, a renúncia mostra uma ferramenta útil na seleção dos passos a serem seguidos na vivência da relação interpessoal.

O terreno a ser lavrado, nós mesmos, torna-se factível se renunciarmos aos aspectos, opiniões e instantes que sejam obstáculos, dificuldades que vão de encontro no relacionamento com o outro. O hábito da renúncia ao confronto, à contestação no contato e comunicação com o outro, abre possibilidades de aproximação, de compreensão das almas e, como consequência, também melhor conhecimento de nós mesmos. Isso nos leva a ver como e onde podemos caminhar ao lado e compartilhar com o outro. Daí, nesse compartilhamento conseguimos ver outros ângulos e aspectos de temas e dúvidas nossas, e, como consequência promovemos a expansão da consciência.

Os nossos colegas de grupo em Cafh nos oferecem e permitem praticar a renúncia, quando há confronto de opiniões de forma equilibrada. Ao se tornar um hábito de renúncia, as relações interpessoais em outros ambientes será facilitada.

 

Quarta manifestação

Como disse o nosso Mestre Santiago Bovísio: ”A amizade é o reflexo da união das almas”.

Como filhos de CAFH, temos a possibilidade de vivenciar a verdadeira amizade, a que denominamos “amizade espiritual”, pautada na união das almas que fazem parte do meu grupo de CAFH.

Ali, não escolho as almas que tenho mais afinidade, e sim, aprendo a conviver em harmonia e respeito, de forma a conter os meus gostos pessoais e expandir o meu amor. 

Ali, aprendo a validar a forma de pensar e de falar dos filhos, exercitando o diálogo para vivenciar o silêncio interior.

Ali, aprendo a não esperar nada do outro, alimentando apenas a reverência pelo mistério de estarmos unidos em busca da união com a Divina Mãe. 

 

Quinta manifestação

Uma indagação que surge é: Existe diferença entre amizade espiritual e amizade em geral?

Os Filhos de Cafh têm como busca fundamental o desenvolvimento espiritual. Porém, como cada qual tem seu próprio estágio de maturidade e forma de se expressar, os relacionamentos entre os filhos podem ocorrer de forma diversificada. Uns podem se mostrar mais harmonizados que outros.

Segundo a décima Ensinança – Viver com Harmonia e Comedimento, do Curso Método de Vida, “Somos uma unidade com toda a humanidade nos planos físico, mental e espiritual, e também no pessoal e coletivo´´.

Os princípios que regem a amizade espiritual são imutáveis, são sublimes, têm inspiração Divina, extrapolam as palavras e as expressões gestuais do corpo físico. Já a amizade resultante do encontro entre amigos para conversar coisas corriqueiras, celebrar datas festivas, falar das coisas e das pessoas, mesmo quando expressas em confissões baseadas na cumplicidade entre amigos, essa não guarda o vínculo transcendente da amizade espiritual.

O Regulamento de Cafh registra que o vínculo dos Filhos é um vínculo entre Almas, prescinde do conceito pessoal e transcende a barreira separatista que antogoniza uns grupos contra outros. No âmbito do trabalho de desenvolvimento espiritual, a natureza da relação entre os Filhos é espiritual, embora possa também surgir a amizade entre as pessoas.

A amizade espiritual é fundamentada no amor incondicional, na confiança plena, e se expressa sem censura, sem críticas, sem mágoas, sem rancor. É como jogar frescobol na praia: Torcemos para que o parceiro de jogo nunca erre para, assim, continuarmos a evoluir e seguirmos juntos jogando e melhorando o desempenho cada vez mais.

 

Sexta manifestação

Quando temos consciência de que não vivemos só para nós e que somos responsáveis por tudo que acontece no universo e que não é simples assim como vivemos, que somos responsáveis pela evolução da humanidade, ficamos temerosos e sentimos medo.

Mas quando buscamos nos concentrar nesse sentido, conscientemente, começamos a nos sentirmos responsáveis e participativos com a realidade que nos cerca.

Sentir e vivenciar a realidade que nos cerca com atenção, com olhar de compaixão, de respeito e amor ao todo, é estarmos presente e consciente e conseguimos errar menos, nos determos mais, sentimos liberdade e mais leveza. Percebemos que vivemos em mudança constante e que não devemos nos apegar e simplesmente viver e deixar ir.

 

CONCLUSÃO

 

Considerando as manifestações expostas pelos filhos neste trabalho anual, percebemos o engajamento de cada alma do grupo em um possível avanço naquilo que pode ser feito em prol da humanidade, pois há a prática da aceitação do pensamento do outro, num exercício de escuta e inclusão, vivenciando o que cada um reflete a partir dos ensinamentos que recebemos dos nossos orientadores, através dos diálogos frequentes no decorrer das reuniões e nos retiros espirituais que fazemos. Destacamos aqui o que é dito na Mensagem de Plenilúnio de 2022, ao se referir à Egoência, sugerindo-nos que nos abramos para encontrarmos a conexão com o universo. “A partir daí podemos sentir-nos unidos aos nossos semelhantes, porque nesse centro descobrimos isto: quão semelhantes somos. Compartilhamos a mesma essência, mesma irmandade”. Expandimos o sentimento da Renúncia, quando olhamos para tudo e para todos com o olhar espiritual.  “E abramos assim a Porta Sagrada do nosso coração, que é o caminho para o coração de todos os seres humanos.

 

Componentes do grupo:

                

  1. Guilherme Laux 
  2. Jair do Nascimento
  3. Edma Maria Gratz Caldeira
  4. Rosianes Rocha Silva
  5. Ruth Bezerra da Silva
  6. Maria Inêz Fae
  7. Maria Cristina Charpinel Goulart Pratti
  8. Maria de Fátima Figueira de Moraes